O tempo em que vivemos trouxe consigo a percepção de que a casa vai além das nossas necessidades cotidianas. Ela não é apenas o lugar onde fazemos as refeições ou descansamos. É também muito mais do que aparência, estética ou status. Casa é sinônimo de acolhimento, construção de histórias e laços importantes. Ela é a nossa embaixada e, olhando por esse ponto de vista, podemos concluir que casa é tudo, concorda?
A designer de interiores Luciana Gibaile, nova colunista da VIVER, destaca que Design de Interiores é muito mais do que o traço ou a escolha de qualquer elemento decorativo. Tem a ver com a escala do espaço verso a dos objetos e das pessoas que irão ocupar este espaço, a tal ponto que interfere no fluxo, na circulação e no significação de cada um dos espaços. “Costumo dizer que qualquer interferência no ambiente precisa ser feita com muita consciência e discernimento porque gera impacto e tem o poder transformador na vida das pessoas, facilitando ou dificultando o dia-a-dia”, destaca.
Para ela, um bom projeto é aquele que permita que aquela pessoa ou família tenha total identificação com o espaço a ponto de se sentir verdadeiramente à vontade na utilização de todo o ambiente e, desta forma, não se sinta numa “vitrine” perfeitamente atual frente às tendências mas sem conexão com ela. “Em tudo o que faço procuro incentivar meus clientes a usarem toda a casa, sabendo que aquele espaço é uma extensão deles e de tudo o que acreditam”.
QUAL SUA RELAÇÃO COM CURITIBA?
Sou de Viçosa, em Minas Gerais, e quando me casei fui morar em Videira. Lá, no Oeste Catarinense, nossa referência sempre foi Curitiba. Como eu já trabalhava com Design de Interiores, sempre que precisava de novidades vinha a Curitiba.
A mudança para cá fez com que a qualidade do meu trabalho aumentasse, já que a cidade é um prato cheio de referências. Adoro buscar minhas inspirações principalmente na rua, nas artes, no dia-a-dia e na observação dos hábitos das pessoas.